O Que É Circuncidar A Carne Do Seu Prepúcio?

O Que É Circuncidar A Carne Do Seu Prepúcio

O que significa circuncidar a carne do prepúcio na Bíblia?

Circuncisão: o que é, significado e o que diz a Bíblia Circuncisão é uma operação cirúrgica que remove o prepúcio, uma pele que cobre a glande do pênis. É um termo oriundo do latim, que significa cortar ao redor, A cirurgia de circuncisão é realizada há mais de 5 mil anos, muito por motivos religiosos, como muçulmanos e judeus.

  1. A circuncisão masculina é o tipo mais praticado desde o século XIX.
  2. Em alguns países, como os Estados Unidos, é considerada uma operação muito vulgar, pois se diz que a remoção da pele favorece a masturbação e a prática de atos sexuais.
  3. Há muitos anos, a circuncisão era mais comum, mas atualmente, tirando em casos religiosos, a prática regular de hábitos de higiene está substituindo os benefícios da cirurgia.

Um possível motivo para o início da cirurgia de circuncisão é que, em muitas culturas, o início da puberdade é um momento especial. Assim, a cirurgia seria como um ritual de passagem, demonstrando a entrada do jovem na vida adulta.
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O que é a carne do prepúcio?

Por que o Criador pediu para que todo homem do clã de Abrão fosse circuncidado? Após mudar o nome de Abrão para Abraão, o Criador prometeu uma grande descendência e selou uma aliança única e especial. Como sinal dessa aliança, pediu para que Abraão e todos os homens do acampamento fizessem a circuncisão.

  1. Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti: Que todo o homem entre vós será circuncidado.
  2. E circuncidareis a carne do vosso prepúcio; e isto será por sinal da aliança entre mim e vós.” Gênesis 17:10-11 Essa foi a única vez que homens adultos foram circuncidados.

A partir daquele momento, a pequena cirurgia era feita em todos os meninos descendentes de Abraão, no oitavo dia de vida. Até hoje existe essa aliança entre o povo judeu, pois se tornou um costume. Antigamente, muitos povos tinham um sinal no corpo, como uma tatuagem, ou outra marca que os separava dos demais.

Na Mesopotâmia, por exemplo, no segundo e primeiro milênios antes de Cristo, era comum estampar a pele com um ferro quente, a fim de marcar a propriedade divina sobe o indivíduo como um fazendeiro marcaria o seu gado. Escravos eram também marcados do mesmo jeito, às vezes na testa, no pescoço ou nos braços a fim de que todos vissem o sinal.

Além do ferro quente, algumas dessas marcas eram feitas com agulhas ou facas. Outra prática comum era marcar os servos do templo com o símbolo da divindade. Uma estrela, por exemplo, representava a deusa Ishtar. Contudo, é exatamente aqui que encontramos a distinção do sinal que Deus pedira a Abraão.

Embora a circuncisão fosse uma marca permanente que diferenciava o povo do Criador dos demais, não era visível para que todos pudessem ver claramente. O símbolo era interno, demonstrando que mais que um sinal na carne, era o comportamento e a fé que os identificariam como servo do Deus Altíssimo. Além de tudo isso, o sinal era também um lembrete de que o maior prazer do homem não vem de sua carne ou de sua virilidade, mas sim do Alto, de sua parceria com o Senhor.

Hoje, a marca dessa aliança é feita no coração, quando se aceita “cortar” a própria vontade para fazer a de Deus. (Romanos 2:29)
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Por que os judeus cortam o prepúcio?

Pais israelenses navegam contra a maré unânime da circuncisão Antonio Pita. Jerusalém, 2 nov (EFE).- Um número crescente de judeus israelenses opta por não circuncidar seus filhos, rompendo uma tradição milenar que os situa fora do consenso social e os obriga a enfrentar suas famílias.

  • No país não existem dados oficiais sobre o alcance do “brit milá”, nome hebraico da circuncisão efetuada por centenas de rabinos chamados “mohel”, no oitavo dia de vida do bebê.
  • Segundo uma pesquisa, 97% de judeus israelenses cortou ou cortaria o prepúcio de seus descendentes, sendo que 78% deles por considerar uma tradição judaica básica, 13% por motivos de higiene e 9% porque “todos o fazem” e para evitar que o menino passe vergonha por ser “diferente” dos demais.
  • Para os religiosos, trata-se de um “mitzvá” – um dos 613 preceitos do judaísmo – e um símbolo do pacto de Deus com o povo eleito por meio do patriarca Abraão, como narrado no Gênesis: “Circuncidai a todo varão, circuncidai a carne de vosso prepúcio e esse será o sinal do pacto entre mim e vós”.
  • Andrew Sacks, mohel desde 1983 e rabino líder do judaísmo conservador do país, afirma: “É um preceito interiorizado há gerações que, até entre os mais seculares, permaneceu como o sinal mais básico de identificação dos judeus”.
  • Em Israel, no entanto, em duas décadas os “rebeldes” passaram de praticamente inexistentes para uma multidão de dezenas de milhares, explica Ronit Tamir, fundadora do Kahal, um grupo de apoio aos pais que decidem não circuncidar os filhos.
  • “A internet ajudou muito, mas continua sendo uma decisão difícil”, avalia Ronit, cujo marido foi repreendido pelo pai com dois longos anos de silêncio após terem se negado a fazer o brit milá no filho.

Para a fundadora do Kahal também não foi uma decisão fácil: “Foi demais para meus avós, eles achavam que eu queria ser do contra. Eu simplesmente sentia que era o correto e não queria fazer algo porque todos fazem”, justifica. Danii Amir não tinha a ideia tão clara desde o princípio.

Circuncidou o filho do primeiro casamento e considerou a experiência “estranha e traumática”, o que o fez decidir que seria a última. “Não acho que Deus fez o homem com algo que deva ser consertado oito dias depois”, explica o músico, que vê uma atmosfera em torno da circuncisão “muito diferente de 20 anos atrás”.

Sua atual mulher, Ruth, rejeita de forma ainda mais enfática o que define como um “bárbaro e primitivo reduto de outros tempos”. “O brit milá tem um elemento muito chauvinista. É uma forma de ditar que esse menino não é seu, como quando vai para o Exército.

  1. A última coisa que meu instinto maternal me diria é para eu dar meu filho recém-nascido para um senhor com uma faca”, argumenta.
  2. Pai principiante, Ophir passou o oitavo dia do nascimento em casa com sua namorada, longe das benções e utensílios cortantes do mohel.
  3. Tudo culpa de um documentário sobre circuncisão que viu “antes de pensar em ser pai” e que o levou a dar um giro de 180 graus em seu debate interno.

“Passei do ‘por que não’ ao ‘por que sim?’ e me dei conta de que as razões para fazê-lo não eram suficientemente grandes”, relembra. Seu pai aceitou a decisão, mas ainda usa uma frase jocosa para perguntar pelo neto: “Como vai o goy (não judeu)?”. Eran Sadeh viveu um processo mais doloroso.

  1. Passou “meses e meses” consumido pelo temor de ter condenado seu filho a piadas e gozações quando chegasse o momento de ficar nu na creche, no serviço militar obrigatório ou diante de uma garota.
  2. Agora sente que tomou a decisão correta, pois permitiu que seu filho seja “dono de seu corpo”, e até criou um fórum virtual, “Gonen Al Hayeled”, para lançar luz sobre o Brit Milá.
  3. Outros, como Carolina Landsmann, não passaram uma só noite em claro com a cabeça cheia de dúvidas: “Para mim foi um passo natural, pois tenho convicções laicas e inclusive me casei no Chipre para não ter de fazê-lo pelo Rabinato” em Israel, onde não existe o casamento civil.
  4. Apesar de poucos e com um perfil que está longe de representar a diversidade social do país, este punhado de pais e mães conseguiu abrir uma simbólica fenda na unanimidade em torno do brit milá que reina no Estado judeu. EFE

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O que é circuncidar o prepúcio?

Um homem circuncidado tem menos probabilidade de contrair HIV? E o risco de a sua parceira desenvolver cancro diminui? Esclareça todas as dúvidas. A circuncisão é uma intervenção cirúrgica em que se remove o prepúcio, a pele que cobre a glande. Avança-se para esta técnica quando o orifício do prepúcio é tão estreito e fibroso que não permite a exposição da glande, o que poderá dificultar a micção ou as relações sexuais.
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O que Jesus falou sobre a circuncisão?

Paulo e a circuncisão O Que É Circuncidar A Carne Do Seu Prepúcio FOTO: Unsplash No apócrifo Evangelho de Tomé (§ 53), os discípulos perguntam a Jesus se a circuncisão serve de alguma coisa; Jesus responde que, se servisse, os meninos já nasceriam circuncidados. É-nos difícil ter a medida de quão revolucionárias e radicais estas palavras soariam aos ouvidos de um judeu no século I.

  1. A circuncisão como exigência incontestável de Deus, imposta a Abraão e a toda a sua descendência, estava expressa em Génesis 17:11.
  2. Para um judeu do século I (como, aliás, do século XXI), não havia (nem há) dúvida possível quanto à absoluta obrigatoriedade da circuncisão, como marca “na carne” da “aliança perpétua” de Deus (Génesis 17:13).

Tanto Jesus (Lucas 2:21) como Paulo (Filipenses 3:5) eram obviamente circuncidados. Quando Abraão recebeu de Deus este mandamento, já tinha 99 anos. Não obstante tão avançada idade, submeteu-se à circuncisão e obrigou todos os seus filhos, parentes e escravos a fazerem o mesmo (Génesis 17:24-27).

Podemos imaginar como o pós-operatório desta circuncisão em massa de adultos, feita sem anestesia e em condições higiénicas decerto propiciadoras de infeções e complicações várias, terá mostrado aos homens da casa de Abraão a sensatez de Deus ter estabelecido que a cirurgia deverá ocorrer no oitavo dia após o nascimento do bebé (Génesis 17:12).

A verdade é que se trata de um procedimento cirúrgico que é tanto mais complicado e doloroso quanto mais velho for o paciente. No século I, quando a mensagem de Jesus começou a extravasar para lá do mundo judeu e suscitou cada vez mais adesão da parte de não-judeus, colocou-se este enorme dilema: era mesmo indispensável que os gentios incircuncisos passassem pela experiência pouco apelativa de se submeterem à circuncisão, com todos os riscos que isso implicava (tratando-se de homens adultos)? Os Atos dos Apóstolos e a epistolografia de Paulo dão-nos a ver as duas respostas irreconciliáveis que, no seio da geração dos primeiros cristãos, deram azo a grandes desentendimentos e conflitos.

É que, embora os evangelhos canónicos não nos transmitam qualquer posição expressa por Jesus no tocante à circuncisão (Jesus só refere o tema, sem aprovação ou condenação explícitas, em João 7:22 e 23), alguns dos que tinham sido próximos de Jesus defendiam a obrigatoriedade da circuncisão para gentios que se convertessem ao cristianismo.

A atitude contrária teve sobretudo como paladino o apóstolo Paulo, que pregava um euangélion (“boa-nova”) de que a necessidade da circuncisão estava completamente arredada. Para Paulo, com efeito, não havia a mínima necessidade de convertidos incircuncisos se submeterem à circuncisão, por motivos que ele explica com grande eloquência, sustentação teológica e talento persuasivo no Capítulo 4 da Carta aos Romanos.

  1. Uma das razões pelas quais a abordagem à circuncisão na Carta aos Romanos lhe saiu tão bem pode ter sido a sua consciência de que uma anterior tentativa de defender o seu ponto de vista lhe saíra bastante mal.
  2. É o caso da Carta aos Gálatas, escrita como reação à notícia de que alguns gálatas, que o próprio Paulo convertera, tinham acedido, sob influência de “outro evangelho”, a se submeterem à circuncisão.

A resposta de Paulo parece ter sido escrita num momento de tal indignação que lhe faltou o sangue frio para perceber quanto a sua defesa da incircuncisão dos gentios nesta carta não fazia mais do que dar argumentos aos seus adversários. Isto porque a Carta aos Gálatas está cheia de falhas argumentativas, que analiso na Introdução a esta epístola na minha nova tradução do Novo Testamento.

Se é verdade, porém, que a argumentação que sustenta a atitude de Paulo a respeito da circuncisão é vulnerável e por isso não suscita adesão incondicional, o mesmo – é preciso sublinhá-lo – não poderá dizer-se do axioma em si que traduz a atitude do apóstolo: “em Cristo Jesus não importa nem circuncisão nem prepúcio, mas ‘só’ a fé que atua através do amor” (Gálatas 5:6).

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A frase é lindíssima; mas, no que toca à situação vivida na Galácia, que tanto provocou a indignação de Paulo, fica no ar a seguinte pergunta: se “em Cristo” é indiferente que os homens tenham ou não prepúcio, por que razão é que Paulo quer negar aos gálatas incircuncisos o direito de seguirem à risca uma inequívoca exigência de Deus (Génesis 17:11) e optarem pela circuncisão? Em Gálatas 5:3, Paulo tenta exercer pressão no sentido de desincentivar essa liberdade, com a ameaça de que, a partir do momento em que se é circuncidado, é-se obrigado a seguir toda a lei (pelo que se entende o respeito pelas regras alimentares, pelo dia de sábado, etc.).

  • Este ditame de “ou tudo ou nada” não é fundamentado e, contrariamente ao axioma anteriormente referido, não é convincente.
  • Talvez por intuirmos que a verdadeira razão da ira de Paulo nesta carta é que, afinal, os “seus” gálatas viram uma lógica no “outro” evangelho que se baseava, sem rodeios sofísticos e reinterpretações artificiosas da Escritura, na simplicidade da palavra de Deus: “todo o homem será circuncidado” (Génesis 17:10).

Frederico Lourenço é escritor, tradutor e professor de grego antigo. Formou-se em línguas e literaturas clássicas na Faculdade de Letras de Lisboa, onde concluiu seu doutorado. Desde 2009 leciona na Universidade de Coimbra. Traduziu do grego a Odisseia, Ilíada e as tragédias de Eurípides, Hipólito e Íon.
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Por que era feita a circuncisão?

21A cirurgia de circuncisão serve para remover o prepúcio (a pele retrátil que recobre a glande, mais conhecida como ‘cabeça’ do pênis). Sua indicação se deve à comprovada redução da incidência de doenças urológicas. Isso porque, a intervenção facilita a higiene da genitália masculina, prevenindo diversas patologias.
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Pode dormir com a glande exposta?

Homepage Doenças Lesões No Pênis Estou Tendo Recorrência De Fungo No Pênis E Queria Saber Se Posso Deixar A Glande Exposta Mesmo Eu N

2 respostas Estou tendo recorrência de fungo no pênis e queria saber se posso deixar a glande exposta mesmo eu não sendo circuncidado? Pois me informaram que por eu não ser circuncidado não poderia deixar muito tempo a glande descoberta isso está correto ? Sim, pode deixar a glande exposta, mas não por muito tempo, para não haver risco de parafimose.
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Como tirar prepúcio naturalmente?

1. Exercícios específicos no prepúcio – O Que É Circuncidar A Carne Do Seu Prepúcio Com a supervisão dos responsáveis, o banho é uma boa hora para cuidados íntimos e para fazer exercícios de retração do prepúcio. Durante os momentos de banho, realizar exercícios apropriados na região do prepúcio da criança pode assegurar um tratamento eficaz para ‘tirar’ a fimose, garantindo que essa condição fisiológica possa desaparecer naturalmente ainda durante os primeiros anos de vida, com o passar do tempo.
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Pode cortar o freio do Prepucio?

O freio do prepúcio dobra a glande quando o pênis está em ereção para atingir o colo uterino e o ejaculado sai para a região posterior da vagina. Portanto, o freio não deve ser seccionado na postectomia, exceto se houver indicação precisa, como quando ocorrer dor durante a ereção. Vamos explicar isso melhor neste artigo. Entenda a importância do freio na ereção peniana.
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Porque a maioria dos americanos são circuncidados?

Homens que não são circuncisados têm oito vezes mais chance de contrair o vírus da Aids As informações são da CNN Washington – Os homens que não são circuncisados têm oito vezes mais chance de contrair o vírus da Aids que os que já se submeteram à operação.

A conclusão é de um estudo apresentado esta semana durante reunião da Sociedade de Enfermidades Infecciosas dos Estados Unidos, elaborado pelo pesquisador Steven Reynolds, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore (EUA). O pesquisador concluiu que a superfície interna do prepúcio não tem a mesma capa protetora que se encontra no exterior da pele que cobre a ponta do pênis, o que torna o homem não circuncisado mais vulnerável a uma infecção por HIV.

A circuncisão masculina é comum na América do Norte e em outras partes do mundo por razões religiosas e culturais, assim como para ajudar a impedir as infecções do sistema urinário e o câncer de pênis. Na circuncisão se corta o prepúcio – a capa de pele móvel que cobre a ponta do pênis.

A cirurgia geralmente é feita pouco depois do nascimento dos meninos. Nos Estados Unidos, dois terços das crianças nascidas a cada ano são circuncisadas. O índice, porém, varia de país a país, de acordo com a cultura e a religião de cada um. Entre os judeus, por exemplo, a cirurgia faz parte da cultura do povo.

Segundo Steven Reynolds, é importante que a circuncisão seja difundida especialmente em países menos desenvolvidos como forma de evitar a disseminação do vírus da Aids. Embora a pesquisa defenda a cirurgia, a Academia de Pediatria dos Estados Unidos não recomenda a circuncisão porque, apesar de reconhecer alguns benefícios médicos, acredita que pode haver complicações no procedimento.

  1. A Univeridade Johns Hopkins também estudou o risco de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) entre homens circuncisados e não circuncisados.
  2. Embora a incidência de outras DSTs como a sífilis, a gonorréia e o herpes genital tenha sido maior em homens que não estavam circuncisados, o estudo não reuniu estatísticas suficientes para defender a cirurgia também para evitar a proliferação das demais DST´s.

O pesquisador Steven Reynolds lembrou que existem métodos que os homens não-circuncisados podem utilizar para se protegerem da Aids, como as camisinhas. No futuro, o pesquisador acredita que será desenvolvido um microbicida de uso tópico para ser aplicado no prepúcio antes das relações sexuais como forma de evitar a doença.
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Qual a diferença entre circuncisão é fimose?

Texto Anterior | Índice saúde A diferença entre fimose e circuncisão está apenas no nome JAIRO BOUER especial para a Folha “Tenho 15 e gostaria de saber qual a diferença entre operação de fimose e de circuncisão. É possível saber se preciso de uma delas? Posso fazer, se quiser, apenas por opção?” resposta Circuncisão e operação de fimose (postectomia) são a mesma cirurgia, feita para retirar parte do prepúcio (pele) que recobre a glande (cabeça do pênis). Podem existir algumas diferenças de técnica entre as duas. Circuncisão é o termo dado ao procedimento feito por razões culturais e religiosas como, por exemplo, entre judeus e árabes. Não há uma indicação médica nesses casos. A postectomia é a cirurgia realizada por razões médicas. A principal indicação é a fimose, um estreitamento da abertura do prepúcio que dificulta a exteriorização da glande. A fimose pode provocar dor, dificuldade de limpeza da glande e infecções de repetição nessa parte do pênis. Mas muitos garotos podem fazer a operação sem ter necessariamente problemas de fimose. Por opção mesmo. Esse é um assunto mais controverso. Nos EUA, por exemplo, grande parte dos garotos faz a cirurgia de rotina. Quem defende a cirurgia diz que ela facilita a limpeza, diminui índices de infecção e melhora problemas de sensibilidade excessiva na glande. Mas nem todos os profissionais concordam com essa teoria. O ideal é você conversar com seu pediatra ou com um urologista. Ele vai precisar examiná-lo para saber se você tem fimose ou não. Jairo Bouer, 32, é médico. Se você tem dúvidas sobre saúde, escreva para o Folhateen ou mande e-mail para [email protected], Texto Anterior | Índice

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Porque o povo de Israel precisava ser circuncidado?

Esta é a minha aliança com você e com os seus descendentes, aliança que terá que ser guardada: Todos os do sexo masculino entre vocês serão circuncidados na carne. Terão que fazer essa marca, que será o sinal da aliança entre mim e vocês. Da sua geração em diante, todo menino de oito dias de idade entre vocês terá que ser circuncidado, tanto os nascidos em sua casa quanto os que forem comprados de estrangeiros e que não forem descendentes de vocês.

  • Sejam nascidos em sua casa, sejam comprados, terão que ser circuncidados.
  • Minha aliança, marcada no corpo de vocês, será uma aliança perpétua.
  • Qualquer do sexo masculino que for incircunciso, que não tiver sido circuncidado, será eliminado do meio do seu povo; quebrou a minha aliança”.
  • Gênesis O pai da Psicanálise, Sigismund Schlomo Freud 1, nasceu em 1856, na Morávia, à época parte do Império Austro-Húngaro.

Seus pais eram judeus, oriundos de uma pequena cidade na Galícia Oriental 2, onde a comunidade era numerosa e bastante fechada, passando grande parte do tempo dedicada a estudar as leis judaicas e o Talmude. O iídiche 3 era a principal forma de comunicação entre os membros do Shtetl, sendo o dialeto, adicionado à rígida dieta alimenta e os 613 mandamentos, fortes instrumentos a evitar a assimilação daquela comunidade.

Não obstante a inserção de Freud e sua família naquele espaço físico e cultural, a profissão de Jakob, pai de Freud, que era mercador, fez com que ele viajasse muito, introduzindo-o em outras culturas e formas de pensamento, o que acabou por modificá-lo e à sua família, que mantinha o firme sentimento de pertencer ao povo judeu, mas não mantinha as práticas ortodoxas da religião, perpetuando apenas os rituais mais tradicionais, como algumas festas sagradas e a circuncisão 4,

A circuncisão judaica ( brit-milá em hebraico ou bris em íidiche) é um preceito positivo da Torá, que teria sido ordenado por Deus a todos os meninos judeus, sendo um dos mais sagrados rituais, realizando-se sem a consciência da criança e mantido através das gerações, como sinônimo da aliança eterna entre o homem e Deus.

Ela deve ser realizada no oitavo dia de nascimento do menino, é praticada desde as leis Mosaicas e está tão indelevelmente gravado na tradição religiosa, que nenhum adiamento é permitido, nem mesmo se a data coincidir com o Shabat 5 ou com o Iom Kipur 6, consideradas datas sagradas, somente sendo possível a sua postergação, caso a saúde da criança assim exija.

O Judaísmo considera o rito da circuncisão um símbolo exterior que liga o menino à sua fé e, diferentemente de outras cerimônias, tão comuns na antiguidade, em que se exigia o sacrifício de animais ou um ato de bravura, ela deixa uma marca no corpo do indivíduo.

A circuncisão não é o sacramento que introduz o menino no Judaísmo; essa entrada é operada pelo simples nascimento de ventre de mãe judia, mas ela confirma a condição da criança e representa um emblema de sua lealdade à fé israelita 7, o pacto perpétuo entre Deus e seu povo – Freud foi circuncidado 8 e a data foi registrada, em língua hebraica, na Bíblia da família, assim como o seu nascimento 9,

Nenhum outro costume, hábito ou ritual tem atravessado tantas eras e vencido tantas perseguições. A circuncisão seja na paz ou na guerra, tem sobrevivido até os dias de hoje. Um terço dos garotos americanos passa pela cirurgia ainda na maternidade, seja por tradição religiosa (muçulmanos e judeus) ou supostos benefícios médicos 10,

  • A circuncisão é cientificamente chamada de postectomia 11 e consiste na retirada do prepúcio (pele que recobre a extremidade do pênis conhecida como glande).
  • Alguns estudiosos justificam a intervenção cirúrgica como sendo medida que diminuiria drasticamente o risco de infecção por doenças sexualmente transmissíveis, mas há opiniões divergentes que sugerem ser o procedimento traumático e gerador de vários problemas psíquicos ao longo da vida, como raiva, vergonha, desconfiança e mágoa, além de ansiedades sexuais, redução da expressão emocional e angústia.

Moisés Tractenberg, psicanalista gaúcho, foi um dos que se debruçou sobre o tema, por ocasião da elaboração de sua obra A Psicanálise da Circuncisão, Em seu trabalho defendeu que a retirada do prepúcio somentese justificaria em casos de estrita indicação médica, eis que o procedimento provocaria um trauma precoce: o menino circuncidado vivenciaria, na vida prática, a angústia da castração, além de ela se constituir em repetição da situação traumática do nascimento.

  • Freud, ao tratar desse tema, assinalava que a circuncisão seria mais um traço de conjunção entre a religião judaica e a egípcia.
  • Moisés não teria apenas apresentado uma nova religião aos judeus, mas teria introduzido o costume da circuncisão, prática comum entre egípcios, concluindo Freud, de maneira bastante polêmica, que Moisés seria egípcio, e, nesse caso, a religião mosaica teria sido, muito provavelmente uma religião egípcia.

Moisés, segundo o pai da Psicanálise, teria encontrado no povo judeu a possibilidade de fundar uma nova religião, mantendo, porém, o cerne fundamental da religião egípcia, qual seja: a crença em um deus único e todo-poderoso. Acrescentaram-se novos poderes a esse deus: ele seria enérgico, forte e dominador e à semelhança do sentimento nutrido pelos egípcios sob a égide do Faraó, os judeus passariam a compartilhar do sentimento de terem sido escolhidos e, dessa forma, ostentariam posição superior aos outros povos, não podendo, pois, a circuncisão, parte dessa crença tão cara aos egípcios, ser abolida da nova religião 12,

  1. Em sua obra Mal de arquivo, Derrida tentará interrogar o conceito de “impressão” relacionando-o ao legado de Freud 13,
  2. Após analisar os primeiros valores, ele chega ao terceiro valor, não mais importante do que os demais, mas esse teria a vantagem de abordar, de forma explícita, aquilo que estaria em jogo na herança que recebemos de Freud.
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O autor apela à noção de “circuncisão” para aludir à impressão deixada por Freud na história do pensamento, a partir da impressão deixada nele mesmo; a marca deixada por ele a partir da marca de sua própria circuncisão ; a marca que se inscreverá no mundo a partir da sua história, doseu nascimento e de suas alianças.

  1. É, portanto, também, a afirmação de que a marca de Freud está irremediavelmente impressa no mundo contemporâneo 14,
  2. O termo circuncisão, trabalhado sob vários pontos de vista pelo pai da Psicanálise, mais especificamente em sua obra Moisés e o monoteísmo 15, indicaria o substituto simbólico da castração do filho pelo pai primitivo.

Em seus escritos, Freud a relaciona à marca indelével, que recordaria para sempre a castração temida. Derrida retoma este termo privilegiando a leitura freudiana da circuncisão como a impressão inquietante e sinistra deixada sobre os circuncidados, a marca vinda dos outros e permanente no corpo.

  1. Em seu livro O Moisés de Freud, Yosef Yerushalmi rememora a escrita da bíblia dada de presente por Jakob a seu filho, onde ele faz alusão ao momento de sua circuncisão 16,
  2. Derrida, ao analisar a obra de Yerushalmi, reenvia Freud ao momento da sua circuncisão, onde teria ele selado a sua aliança com o mundo judaico em um ritual de força, com clara “dissimetria comunitária”, onde o “nós” da aliança impõe a lei ao circuncidado, que sequer pode responder, assinar ou endossar o rito.” 17 Por óbvio que a circuncisão não é uma castração real.

Ela não impede ao ser humano procriar, gozar e crescer, mas alguns autores a identificam como uma castração simbólica, consubstanciada na imposição da lei ao menino para que ele se separe de sua mãe, rompa, de vez, com a simbiose e adira à lei, “se conformando” com a proibição do incesto e da isogamia.18 No Antigo Testamento, a passagem que descreve o sacrifício do filho de Abraão faz com que Groddeck relacione o desejo inconsciente de matar o filho primogênito, provável rival do amor da mãe, à simbolização da castração como morte do filho 19 e sua posterior substituição pela circuncisão.20,

Em Leonardo da Vinci e Uma Lembrança de sua Infância, Freud associa a circuncisão à castração, assinalando: “Se nos aventurarmos a levar nossas hipóteses até a época primitiva da humanidade, poderemos concluir que antigamente a circuncisão deve ter sido um substitutivo mais atenuado da castração”. Por ocasião da transposição para o papel do caso do Pequeno Hans, Freud insiste em demonstrar que a vivência sinistra diante da circuncisão é homóloga à impressão inquietante causada pelo sexo da mulher, pois ambas provocariam um horror determinado: o horror à castração e seus efeitos persistiriam em sua eficácia até mesmo na vida adulta, funcionando à moda de “recordação residual filogenética”.

Em Moisés e o Monoteísmo, Freud retoma o assunto e o aprofunda para entender que entre os costumes pelos quais os judeus se tornam separados, o da circuncisão causaria impressão mais desagradável e sinistra, que deve ser explicada indubitavelmente, por ela relembrar a temida castração e, juntamente com ela uma parte do passado primevo que fora alegremente esquecida” 21,

Acrescenta ele que a intolerância à mulher e ao judeu ocuparia um lugar especial no pensamento psicanalítico, pois haveria uma semelhança entre a impressão inquietante causada pelo sexo da mulher e a vivência sinistra do homem diante da circuncisão – ambas provocariam um horror determinado, o horror à castração 22,

Freud conclui que, quando se fala em horror à castração, está se falando sobre a angústia que a diferença causa. É esta angústia que ele afirma ser a raiz comum entre o antifeminismo e o antissemitismo, já que ela destacaria a ausência ou a privação e despertaria o estranhamento – diante dela, o incircunciso se depararia com a falência do ideal de uma virilidade sem nenhuma perda 23,

Para o psicanalista francês Jacques Lacan, os ritos de iniciação, tanto em homens quanto em mulheres, poderiam servir para promover e simbolizar a adaptação total aos papéis prescritos pela sociedade e os segredos que rodeiam esses rituais serviriam para dissimular o fato de que o fim almejado por eles, não chegaria a ser alcançado.

No Seminário “O Desejo e sua Interpretação”, ele avança no estudo do complexo de castração, onde situa a mutilação como seu objeto – ela teria o papel de definir o acesso do sujeito a um nível superior de realização de si mesmo. Para que isso possa funcionar, é necessário que o sujeito se separe de uma parte de si mesmo e essa mutilação deixaria uma marca, que instauraria a passagem a uma função significante.

Na circuncisão é o falo que fica marcado e elevado à função de significante e a partir disso o sujeito se perceberia entre os intervalos significantes – se não há cortes, não haveria nada no plano imaginário que permitisse simbolizá-lo, razão pela qual seria necessária a capacidade de o sujeito se separar de alguma parte de si mesmo 24,

A prática da circuncisão tem sido observada e passada, de modo transgeracional, sem maiores questionamentos acerca dos suas implicações psíquicas. Parece haver, de fato, estreita relação entre circuncisão, culpa e punição, ressaltando-se que em seu nascedouro, não estavam presentes as justificativas médicas da contemporaneidade para a sua prática.

Depois de adulto, Freud aboliu o Schlomo e abreviou Sigismund para Sigmund. Hoje, parte da Ucrânia. Língua ou dialeto do alemão falada pelos judeus ashkenazis, a partir do século X, na Europa central e oriental, se espalhando por outras regiões com a emigração de seus praticantes. A circuncisão ( brit-milá em hebraico ou bris em íidiche) é um preceito positivo da Torá, ordenado por Deus a todos os meninos judeus, sendo um mais sagrados rituais, realizando-se sem a consciência da criança, mantido através das gerações, como sinônimo da aliança eterna entre o homem e Deus. Shabat é o nome dado ao dia de descanso do judaísmo, simbolizando o sétimo dia, conforme o livro Gênesis, Dia do Perdão. De acordo com o Evangelho de Lucas, Jesus teria sido circuncidado oito dias após o seu nascimento (tradicionalmente em 1ª de janeiro). A circuncisão, entretanto, ganha um significado diferente nas cartas de Paulo, onde ele introduz o conceito de “circuncisão do coração”, que significa uma conversão genuína, baseada na fé e naobediência a Jesus Cristo. O termo circuncisão deriva da junção de duas palavras latinas, circum e cisióne, e significa literalmente “cortar ao redor”. Em resposta a A A Roback, iídiche americano que lhe enviou um de seus livros com uma dedicatória em hebraico, Freud respondeu: “Pode interessar-lhe saber que meu pai veio de um ambiente hassídico. Ele tinha 41 anos quando eu nasci e estivera afastado de seu ambiente natural por quase vinte anos. Minha educação foi tão pouco hebraica que hoje nem sequer consigo compreender sua dedicatória, evidentemente escrita em hebraico. Depois de adulto, frequentemente lamentei essa deficiência em minha educação”. Antônio Carlos Farjani em sua obra “Édipo Claudicante – do Mito ao Complexo” menciona que há teorias que justificam a circuncisão como um sacrifício da parte para assegurar o bem-estar do todo. A idéia implícita é a de que, ao se sacrificar uma parte do indivíduo, representada pelo prepúcio, lograr-se-á salvar sua vida, evitando-se assim perdê-lo para a divindade; é o mesmo espírito que rege o costume de se oferecerem as primícias dentre todas as coisas que o homem produz, encontrado no Antigo Testamento. A taxa de homens circuncidados no mundo ocidental varia muito de país para país. Na Europa esta taxa varia entre 4 e 10%. Já em países como a Austrália e Canadá este índice pode chegar aos 40%. Nos Estados Unidos, 80% dos homens já passaram por este tipo de cirurgia. Os judeus se constituíram como o povo escolhido, os filhos preferidos de Deus, reconhecidos pelo pacto da circuncisão, o povo diferente entre os demais. Não deveriam se sentir inferiores aos egípcios, nem a qualquer outro povo (Freud, 1934-39/1996b, pp.40-43). Esta problemática da impressão desencoraja quem quer que busque privilegiar uma perspectiva. Pois se confunde com toda a obra de Freud, quer se trate de memória, coletiva ou individual, de censura, ou de recalque, de dinâmica, de tópica ou de economia, dos sistemas ICS ou PCS, de percepção, de traço mnêmico (DERRIDA, J. Mal de arquivo, p.42). ‘Impressão freudiana’ quer dizer ainda uma terceira coisa que talvez seja a primeira: a impressão deixada por Sigmund Freud, a partir da impressão deixada nele, inscrita nele a partir de seu nascimento e sua aliança, a partir de sua circuncisão () Quero falar da impressão deixada por Freud, pelo acontecimento que leva este nome de família, a impressão quase inesquecível e irrecusável, inegável (mesmo e sobretudo por aqueles que a negam) que Sigmund Freud fez sobre todo aquele que, depois dele, falar dele ou falar a ele e que deve, aceitando-o ou não, sabendo-o ou não, deixa-se, assim, marcar: em sua cultura, em sua disciplina, seja ela qual for () seja em que disciplina for, não podemos, não deveríamos poder, pois não temos mais os direitos nem os meios, pretender falar disso sem termos sido de antemão marcados, de uma maneira ou de outra, por esta impressão freudiana (DERRIDA, J. Mal de arquivo, p.45). Sob a mira do nazismo e assolado pelo pânico de que a severa atmosfera católica de Viena pudesse acirrar resistências contra a psicanálise, Freud deixou Moisés e o Monoteísmo na gaveta por quatro longos anos. Além dessas resistências externas,algumas “resistências internas” contribuíam para a quarentena deste texto que traz a marca da ligação entre a história do autor e a história da psicanálise. Logo no início, o autor confessa que, apesar de pertencer ao povo judeu, fato que torna sua tarefa mais difícil ainda, contestará a origem do homem que este povo celebra como o maior de seus filhos. (FUKS, Beth Bernardo. O Pensamento Freudiano sobre a Intolerância in http://www.scielo.br/pdf/pc/v19n1/05.pdf ). Consta da Bíblia da família Freud: “Meu filho Shlomo Sigmund nasceu na terça-feira, no primeiro dia do mês de Iar 616 às 6h 30 da tarde.Ingressou na comunidade judaica na terça-feira, oitavo dia do mês de Iar. O moel (aquele que circuncida a criança) era Herr Samsom Frankl de Ostrau, os padrinhos eram Herr Lippa Hoeowitz e sua irmã Mirl, filhos do rabino de Czernowitz. O Sandykat (tarefa de segurar a criança durante a circuncisão) foi feito por Herr Samueli em Freiberg na Morávia). DERRIDA, J. Mal de arquivo, p.58. TRACTENBERG, Moisés – “Psicanálise da circuncisão” – Editora Civilização Brasileira S.A. – Rio de janeiro, 1977. De qualquer forma, não podemos deixar de considerar a circuncisão como uma modalidade atenuada da castração, que sobreveio como abrandamento de práticas agressivas muito mais cruéis, incluindo sobretudo a matança do primogênito. Pode-se aceitar que substitui a matança do primogênito e a real castração primitiva, na medida em que se consolidarem as tendências amorosas e conservadoras dos pais” RASCOVSKY, A. O Filicídio, Rio de Janeiro, Editora Artenova, 1974 in FARJANI, Antonio Carlos. Édipo claudicante: do mito ao complexo. São Paulo: Edicon, 1987. AVILA, Lazio Antonio. Isso é Groddeck. EdUSP, 1998. Na décima Conferência Introdutória Sobre Psica nálise (Simbolismo nos Sonhos), Freud assinala: “Parece-me inequívoco que a circuncisão, praticada por tantos povos, é um equivalente e substituto da castração. E agora sabemos de determinadas tribos primitivas da Austrália que realizam a circuncisão como um rito da puberdade (na cerimônia em que se celebra o início da maturidade sexual de um menino), enquanto outras tribos, seus vizinhos próximos, substituíram esse ato pela quebra de um dente”. Desde o final do século XIX, a imagem do pênis circunciso, considerado como alterado, danificado ou incompleto, esteve no centro da definição de judeu. Fantasias giravam em torno da idéia de que a circuncisão era um processo de feminização do varão judeu, deixando seu órgão sexual degenerado e altamente comprometido com as doenças sexualmente transmissíveis. Mas este pânico da feminização que atingia a cultura européia recaía, também, sobre uma outra figura de alteridade, a feminilidade. Em Mein Kampf, o horror à feminização tornou-se a retórica do programa político: “a mulher introduz o pecado no mundo, sendo, então, a principal causa da poluição do sangue nórdico”, escreveu Hitler, (FUKS, Beth Bernardo. O Pensamento Freudiano sobre a Intolerância in http://www.scielo.br/pdf/pc/v19n1/05.pdf ). FUKS, Beth Bernardo. O Pensamento Freudiano sobre a Intolerância in http://www.scielo.br/pdf/pc/v19n1/05.pdf QUAGLIA, Cristina. Ritos de Iniciação e Saber no Real in http://www.escolaletrafreudiana.com.br/UserFiles/110/File/artigos/letra23/022.pdf.

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Quem faz a circuncisão pode ter filhos?

Homepage Doenças Fimose A Realização Da Cirurgia De Fimose Pode Atrapalhar Ou Impedir O Homem A Engravidar Uma Mulher?

3 respostas A realização da cirurgia de fimose pode atrapalhar ou impedir o homem a engravidar uma mulher? Não. Essa cirurgia não tem impacto algum sobre a fertilidade do casal.
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Quantos anos Jesus foi circuncidado?

Felipe Llambías (@felipellambias)BBC News Mundo

4 fevereiro 2023 Legenda do áudio, Quando e por que o cristianismo abandonou a circuncisão e o judaísmo, não? No oitavo dia de nascimento, como todo homem judeu, Jesus foi circuncidado. Mas esta prática foi abandonada por seus seguidores, diferentemente de outros rituais que o judaísmo e o cristianismo ainda mantêm e partilham, como a oração conjunta nos templos ou a celebração em datas semelhantes do Natal e do Hanukkah ou da Páscoa e do Pesach.

  • E a resposta de por que os cristãos não retiram o prepúcio (camada de pele que cobre a cabeça do pênis) dos bebês está na Bíblia.
  • Segundo o Novo Testamento, a ruptura entre o judaísmo e o cristianismo no que se refere à circuncisão ocorreu por volta do ano 50 e teve como protagonistas São Paulo e São Pedro, que tiveram uma intensa discussão sobre o assunto.

“Foi o primeiro conflito institucional da Igreja”, explica Miguel Pastorino, professor de filosofia da religião e antropologia filosófica da Universidade Católica do Uruguai, bacharel em teologia, doutor em filosofia e ex-padre, à BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC.

São Paulo — que naquela época não era santo, mas apenas Paulo de Tarso — passou de fariseu, ou seja, fervoroso defensor da Lei de Moisés que perseguia discípulos de Jesus, a ser um dos propagadores mais entusiastas da palavra do messias em todo o mundo, diz a Bíblia. Paulo de Tarso era, como Jesus de Nazaré, Pedro da Galileia, e os outros apóstolos, judeu.

Como tal, eram circuncidados. A religião judaica era a única monoteísta até então. Os gregos, romanos e egípcios acreditavam em várias divindades. Para o povo judeu, Elokim (Deus) havia dito a Abraão: “Este é o meu pacto que você deve manter, entre você, eu e sua posteridade: todo homem entre vocês deve ser circuncidado”.
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O que significa a palavra incircunciso na Bíblia?

O significado figurativo de incircunciso – Além do significado literal de incircunciso em referência ao procedimento físico que servia para distinguir o povo de Israel dos outros povos antigos que não temiam a Deus, na Bíblia o uso figurativo dessa palavra é amplamente encontrado.

  1. Nesse sentido, ser incircunciso significava ser incrédulo ou rebelde diante dos princípios divinos.
  2. No, por exemplo, em várias passagens os próprios israelitas que eram fisicamente circuncidados, são classificados como incircuncisos por causa de sua desobediência e apego a uma vida de pecado.
  3. É dessa forma que o profetizou contra os israelitas impenitentes dizendo que eles tinham coração e ouvidos incircuncisos, pois rejeitavam à Palavra do Senhor (Jeremias 6:10; 9:25).

Algo semelhante também pode ser notado no, Por exemplo: em sua, o apóstolo Paulo explicou que um judeu fisicamente circuncidado que vivia na desobediência, era, na realidade, espiritualmente incircunciso, e sua circuncisão física não tinha proveito algum.
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Quantos dos homens são circuncidados?

Estima-se que cerca de 37% dos homens no mundo todo sejam circuncidados. E esse número é maior especialmente em países islâmicos por motivos culturais e religiosos.
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O que é a retirada do prepúcio?

Postectomia ou circuncisão é uma técnica cirúrgica que consiste na remoção do prepúcio (excesso de pele que recobre o pênis), a fim de melhorar sua higiene íntima e o desempenho sexual. Também chamada de cirurgia de fimose, é indicada quando outros tratamentos, como o uso de pomadas, não ajudam no descolamento da pele.
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Como é feita a circuncisão masculina?

Como é feita a circuncisão masculina? – A cirurgia é feita por forma a remover o excesso de prepúcio com o anel fimótico incluído, permitindo dessa forma a exposição da glande sem dificuldade, Sob anestesia geral ou anestesia local é realizada uma incisão sobre o prepúcio e sobre a mucosa, abrangendo também o freio peniano, e é removido o excesso de prepúcio, permitindo assim uma exposição completa da glande.

  • De seguida é realizada a sutura do restante prepúcio e reconstruído a região do freio peniano, restabelecendo a continuidade deste.
  • A cirurgia termina com a realização de um penso compressivo e aplicação de pomada analgésica tópica sobre a região da sutura.
  • Veja fotos superiores com o antes e depois da circuncisão.

A cirurgia de fimose infantil (na criança ou adolescente) tem indicações especificas, conforme já referido previamente. O objetivo é prevenir o surgimento de doenças relacionadas com a presença de fimose. Tecnicamente a cirurgia de fimose em adulto é semelhante à cirurgia realizada na criança / adolescente.

A utilização do laser não tem indicação na circuncisão, estando destinada normalmente ao tratamento de lesões do pénis que se podem revelar quando toda a glande peniana fica exposta com a circuncisão. Esta cirurgia não aumenta o tamanho do pénis e até ao momento não existe evidência científica conclusiva que demonstre alteração da atividade sexual ou do prazer.

A circuncisão pode ser realizada sob anestesia local e analgesia ou sob anestesia geral consoante as características do doente e a sua preferência.
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Como era cortado o prepúcio na Bíblia?

Prepúcio: cortar ou não cortar? – Publicação em 04.07.12 Artigos Por Rui Martins, de Berna, Suíça (*) A final a circuncisão é ou não um ato bárbaro ? Shalom Auslander, filho de família ortodoxa judáica, escreveu até um livro ´O Lamento do Prepúcio´ sobre o dilema de um pai diante da obrigação religiosa de sacrificar o prepúcio de seu filho: corta ou não corta ? M as cortar a pele que recobre a glande do pênis não é obrigação de papai judeu, mesmo liberal.

É também de muçulmanos. Quando Deus prometeu uma grande descendência a Abraão, o idoso temente a Deus vivia sozinho com Sara, sua mulher e eram ajudados por um empregada doméstica chamada Agar. E mbora crente em Deus, Abraão achou que o seu guia celestial tinha cometido um erro, pois sua mulher Sara já fazia tempo que estava na menopausa e o casal não trepava mais.

Como podia sair um filho se já não havia mais libido e nem desejo na esposa ? M as como diria um pastor versado nas Escrituras, as vezes é preciso se interpretar o que Deus diz. E o que seria, no futuro, um patriarca, concluiu apressadamente que, se não era Sara quem podia ter o filho, devia ser Agar, mais jovem e viçosa.

  1. E assim se fez, mesmo porque Abraão não estava na andropausa.
  2. E nasceu Ismael, criando um desequilíbrio naquele triângulo, pois Agar começou a se sentir mais importante que Sara.
  3. Por pouco tempo, porque Sara, em cumprimento à promessa de Deus, ficou grávida e também deu à luz um menino – Isaque.
  4. E ssa confusão criada entre os meio-irmãos, que perdura até hoje, não é o tema desta coluna, mas apenas um detalhe.

Para diferenciar os filhos de Abraão dos outros, criou-se alguma coisa que ficava para toda vida. Não uma tatuagem como usam os índios, mas cortar a pele que protege a glande avermelhada do pênis, o que se chama de circuncisão. Uma pequena cirurgia feita pelo sacerdote e o menino estará marcado para toda vida.

S ó que pode dar infeção ! Imaginem quantos meninos na antiguidade acabaram morrendo ou ficando sem o pênis por infeção no seu membro viril. Isso ninguém nunca fala, é tabu, mas na Alemanha, um casal de muçulmanos pediu a um médico para circuncisar seu filho de quatro anos (entre os judeus é no oitavo dia do bebê).

Dois dias depois, o menino foi para a emergência do hospital com infeção no seu pequeno pênis circunciso. A cabou dando processo, primeira instância e recurso em segunda instância com a decisão, destinada agora a fazer jurisprudência – de que é proibido e passível de condenação alguém praticar circuncisão em menino que não tem fimose, uma particulariedade sexual em que – desculpem-me a crueza das palavras – o pênis não pode por a cabeça para fora.

  1. Situação que pode ser dolorosa em caso de ereção e que pode também provocar constantes inflamações.
  2. E agora? Justamente agora que os fundamentalistas muçulmanos e judeus recuperam os preceitos e atos ditados por Deus na antiguidade, a Alemanha e daqui a pouco todos os infiéis e gois da Europa vão querer proibir que se corte a pele do prepúcio? O s juizes alemães de Colônia, cidade de grande importância durante a Reforma, entendem de Bíblia, Torá e Corão, mas dizem que a circuncisão é uma cirurgia irreparável e que nada terão a dizer se for feita por adultos.

F alando em circuncisão masculina logo surge a idéia da chamada circuncisão femina, a infibulação. Também por preceitos religiosos e adotada em muitas comunidades muçulmanas africanas, consiste em se cortar o clítoris e os lábios da vagina, para que as meninas se tornem mulheres puras sem prazer.

  1. S ó que a infibulação não é uma marca e sim um ato considerado extremamente cruel, a ponto de já ser proibido, podendo dar prisão para quem pratique essa tradição bárbara.
  2. H á, portanto, uma diferença entre circuncisão e infibulação.
  3. A circuncisão não acaba com o prazer masculino, ao contrário diz-se que, sem cobertura, a glande fica mais excitável.

E há mulheres que preferem fazer sexo com circuncisos por um questão estética. Outras se sentem frustradas por não ter aquela pele para puxar. S inal dos tempos, ainda outro dia, no Mali, onde islamitas e tuaregs impuseram a chariá, que é a lei religiosa do Corão, a televisão mostrava o primeiro casal punido com cem chibatadas por terem trepado antes de casar. O Que É Circuncidar A Carne Do Seu Prepúcio
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Quando lhe foi circuncidada a carne do seu prepúcio?

1 Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, a apareceu o Senhor a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, b anda em minha presença e sê c perfeito,2 E porei o meu a convênio entre mim e ti, e te multiplicarei grandissimamente.3 a Então caiu Abrão sobre o seu rosto, e falou Deus com ele, dizendo: 4 Quanto a mim, eis que o meu convênio é contigo, e serás o a pai de uma multidão de b nações,5 E não se chamará mais o teu nome Abrão, mas a Abraão será o teu nome, porque por pai de uma multidão de nações te pus.6 E te farei frutificar grandissimamente, e de ti farei nações, e reis sairão de ti.7 a E estabelecerei o meu b convênio entre mim e ti e a tua semente depois de ti, em suas gerações, por c convênio eterno, para te ser a ti por Deus, e à tua semente depois de ti.8 E darei a ti, e à tua semente depois de ti, a a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua b possessão, e serei o seu Deus.9 Disse mais Deus a Abraão: Tu, porém, guardarás o meu convênio, tu e a tua semente depois de ti, nas suas gerações.10 Este é o meu a convênio, que guardareis entre mim e vós, e a tua semente depois de ti: Que todo filho homem será b circuncidado,11 E circuncidareis a carne do vosso prepúcio; e isso será por a sinal do convênio entre mim e vós.12 O filho de oito dias, pois, será circuncidado, todo filho homem nas vossas gerações: o nascido na casa, e o comprado por dinheiro a qualquer estrangeiro, que não for da tua semente.13 Com efeito será circuncidado o nascido em tua casa, e o comprado por teu dinheiro; e estará o meu convênio na vossa carne por a convênio eterno,14 E o filho homem incircunciso, cuja carne do prepúcio não estiver circuncidada, aquela alma será extirpada de seu povo; quebrou o meu convênio.15 Disse Deus mais a Abraão: A Sarai tua mulher não chamarás mais pelo nome de Sarai, mas a Sara será o seu nome, 16 Porque eu a hei de abençoar, e dela te darei um filho; e a abençoarei, e será a mãe de nações; reis de povos sairão dela.17 a Então caiu Abraão sobre o seu rosto, e b riu-se, e disse no seu coração: A um homem de cem anos há de nascer um filho? E dará à luz Sara na idade de noventa anos? 18 E disse Abraão a Deus: Tomara que viva Ismael diante de teu rosto! 19 E disse Deus: Na verdade, tua mulher Sara te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque, e com ele estabelecerei o meu convênio, por convênio eterno para a sua semente depois dele.20 E quanto a a Ismael, também te ouvi: eis que o abençoei, e fá-lo-ei frutificar, e fá-lo-ei multiplicar grandissimamente; doze príncipes gerará, e dele farei uma grande nação.21 O meu convênio, porém, estabelecerei com Isaque, o qual Sara te dará neste tempo determinado, no ano seguinte.22 E acabou de falar com ele, e subiu Deus de diante de Abraão.23 Então tomou Abraão seu filho Ismael, e todos os nascidos na sua casa, e todos os comprados por seu dinheiro, todo homem entre os da casa de Abraão, e a circuncidou a carne do seu prepúcio, naquele mesmo dia, como Deus falara com ele.24 E era Abraão da idade de noventa e nove anos quando lhe foi circuncidada a carne do seu prepúcio.25 E seu filho Ismael era da idade de treze anos quando lhe foi circuncidada a carne do seu prepúcio.26 Nesse mesmo dia foram circuncidados Abraão e seu filho Ismael, 27 E todos os homens da sua casa, o nascido em casa e o comprado por dinheiro ao estrangeiro, foram circuncidados com ele.
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