O Que É Estoicismo

O Que É Estoicismo

Qual é o conceito do estoicismo?

História do Estoicismo – O estoicismo foi fundado no século 3 a.C. por Zeno, um rico mercador da cidade de Cítio, no Chipre. Após sobreviver a um naufrágio em que perdeu tudo o que tinha, Zeno foi parar em Atenas. Ali, conheceu as filosofias de Sócrates, Platão, Aristóteles e seus seguidores.

  1. Ele se deu conta de que existia um mundo não material que era mais previsível e controlável do que o mundo que ele tinha como mercador.
  2. Abraçou as ideias daqueles filósofos e passou a viver uma vida simples e fundou sua própria escola filosófica”, disse Sherman.
  3. Os primeiros estóicos criaram uma filosofia que oferecia uma visão unificada do mundo e do lugar que o homem ocupava nele.

O pensamento era composto de três partes: ética, lógica e física. Crédito, Getty Images Legenda da foto, Relação entre homem e natureza é abordada por filosofia O estoicismo propunha que os homens vivessem em harmonia com a natureza – o que, para eles, significava viver em harmonia consigo próprios, com a humanidade e com o universo.

Para os estóicos, o universo era governado pela razão, ou logos, um princípio divino que permeava tudo. Portanto, estar em harmonia com o universo significava viver em harmonia com Deus. A filosofia estóica também propunha que os homens vivessem com virtude, um conceito que, para eles, estava intimamente associado à razão – como explica o filósofo Donald Robertson.

“Se pudermos viver com sabedoria, guiados pela razão, vamos florescer e realizar nosso potencial como seres humanos. Deus nos deu essa capacidade, cabe a nós usá-la de maneira apropriada”, diz ele.

Quais são os principais ensinamentos do estoicismo?

Estoicismo – Resumo agir de acordo com a razão, e não com a emoção. se concentrar no que você controla e não se preocupar com o que não pode controlar. aceitar o destino sem reclamações e tentar fazer o melhor possível. agradecer o que você tem e não ficar se queixando do que você não tem.

O que significa ser um estoico hoje em dia?

Boa parte do conteúdo estoico é atemporal por ensinar as pessoas a lidar com a adversidade e com as emoções negativas. Além disso, essa filosofia conduz a um melhor conhecimento de si mesmo. Por causa de sua atemporalidade e por abordar temas presentes na vida de todo ser humano, o Estoicismo continua a ser estudado.

O que a Bíblia fala sobre o estoicismo?

Em grego Στωικοί. Os estoicos eram uma vertente filosófica influente durante os períodos helenista e romano que enfatizava a harmonia e resignação diante da natureza. Os estoicos são mencionados em Atos 17:18, junto com os epicureus. Em At 17:28, Paulo cita um poeta estóico, Arato: “Pois nós realmente somos sua geração”.

Zenão (342-270 aC) foi o fundador do estoicismo. Seria originalmente um fenício que por acaso naufragou em Atenas. Por um tempo, conviveu com os ascéticos cínicos e depois passou a ensinar sob um pórtico (stoa), Seu discípulo Cleantes, apesar de respeitável, possuía pouca habilidade filosófica. Depois dele, Crisipo assumiu a direção da escola de 232 a 206 aC.

Reorganizada, a escola filosófica funcionaria ainda por quatro séculos. Entre os romanos, Epicteto, Sêneca e Marco Aurélio foram autores estoicos amplamente difundidos. A escola estoica enfatizava a linguagem e lógica ( Logos ) como meios de apreensão racional da natureza ( Physis ).

  1. Em sua ética, argumentavam que o comportamento adequado resultaria da resignação ao destino ( fatum ).
  2. A filosofia e o currículo da educação estoica eram divididos em três partes: lógica, física e ética.
  3. Rejeitando bases empíricas, pois as percepções humanas são imperfeitas, os estoicos buscam a verdade no exame racional de conceitos pela lógica, preferindo um raciocínio dedutivo.

Como a lógica proposicional era intimamente ligada à linguagem, os estoicos empregaram exaustivamente as disciplinas da gramática, retórica e dialética para fundamentar seus raciocínios. Essa preocupação com a linguagem gerou algumas ramificações. Nessa escola há algumas pressuposições epistemológicas e de filosofia de linguagem que são distintivamente fundamentais no estoicismo, como a de que existe uma distinção clara entre ideias e matéria.

  • A comunicação entre ambos é mediada pela linguagem.
  • Por esse motivo, gramáticos e retóricos estoicos passaram a ser procurados pelo mundo do Mediterrâneo.
  • Outro pressuposto é que seria pela linguagem proposicional, ao invés dos objetos ou fenômenos em si, que se transmitiria e mediaria o Logos.
  • Assim, criou-se uma confiança em uma epistemologia objetivista de correspondência entre objetos e seus signos, conforme expressos por proposições.

Mediante o conceito de Physis (natureza) os estoicos viam o mundo em dualismo (agente e paciente). Visto que a Razão (Logos) penetra todas as coisas, todo evento dependeria de uma lei universal de Destino ou Providência. Portanto, pressupunha que a Physis seria o parâmetro para se buscar harmonia, pois seria inerentemente boa.

  1. Essa posição notoriamente gerou o problema do Mal.
  2. Consequentemente, a teodiceia estoica nunca foi satisfatória ou uniforme.
  3. Como na lógica proposicional empregada pelos estoicos reside a dicotomia entre verdadeiro ou falso, muitos de seus preceitos éticos acabaram sendo direcionados por dilemas.
  4. Por essa razão, o determinismo tornou-se rampante entre os estoicos.

Epicteto dizia que a humanidade estava em uma peça de teatro cujos papéis e desfecho seriam já pré-determinados. O próprio universo estaria destinado a uma conflagração no qual a Physis existiria em perfeita harmonia. Em ética, os estóicos defendiam a responsabilidade na vontade.

  1. Por esse motivo, rejeitaram a legitimidade do prazer e enfatizaram a virtude do caráter e uma vida de aceitação das adversidades.
  2. Em vez de evitar persistentemente a dor, consideraram que valia a pena correr riscos mesmo que isso causasse desprazeres.
  3. A ética e o determinismo afetavam a escatologia estoica.
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Apesar da oposição entre alma e corpo, os estoicos esperavam que a alma sobrevivesse à destruição do corpo. Portanto, o mais válido seria aceitar as injustiças e sofrimentos nesta vida e esperar uma restauração da harmonia e da justiça na existência futura.

A verdadeira conquista da virtude é difícil. A physis humana é cruel e tola. Uns poucos passariam por uma conversão repentina e instantânea e compreenderiam aPhysis pela providência do Logos. Infelizmente, poucas pessoas se converteriam. Mesmo assim, isso só aconteceria tarde após uma vida árdua de incompreensão do Destino.

BÍBLIA Fora as partes já mencionadas em At 17, pouco a Bíblia fala diretamente acerca do estoicismo. Contudo, era uma filosofia pervasiva no mundo do Novo Testamento. Os fariseus praticamente assimilaram, traduziram e adaptaram o estoicismo para sua doutrina.

  • Sua concepção de Torá passa a ser congruente com Logos e Physis.
  • A valorização da ética, a importância da vontade e da alma, os debates, as questões da retórica e gramática do texto da Lei, a aceitação do sofrimento, são elementos estoicos encontrados entre os fariseus.
  • Há uma notável familiaridade de Paulo com o estoicismo.

Sua formação farisaica, seus termos, lista de vícios e virtudes, elenco de vicissitudes sofrida, argumentos com diatribes parecem substanciar essa associação. As pseudoepígrafas correspondências de Paulo e Sêneca indicam que na Antiguidade muitos viram um paralelismo entre os pensamentos de ambos.

Contudo, o exame sistemático tanto dos textos paulinos e do contexto não dão suporte conclusivo à tese de que Paulo teria sido influenciado pelo estoicismo. Outro trecho supostamente com conotações estoicas é 2 Pedro 3:10-12, paralela à doutrina escatológica estoica da ecpirose, a destruição do mundo natural pelo fogo.

Contudo, a concepção estoica de natureza está ausente da Bíblia. Ademais, a intervenção ativa e súbita do poder divino, equiparado ao Dilúvio, contrasta com uma progressão natural da natureza conforme o Destino estoico parecia planejar a conflagração universal.

  1. A recepção do pensamento estoico no cristianismo ocidental não deve ser subestimada.
  2. Os escritos de Epicteto, Marco Aurélio e Sêneca foram cuidadosamente e abundantemente copiados ao longo de textos bíblicos durante a Idade Média.
  3. A ética de aceitação do sofrimento foi vista como virtude.
  4. Zwínglio e Calvino foram estudiosos do estoicismo.

Muito da teologia ocidental foi fundada em termos e ideais estoicos. A reinterpretação de Sêneca (e Paulo) por meios do estoicismo renascentista levaram a uma extrapolação interpretativa dos escritos paulinos de modo muitas vezes eisegéticos. A religiosidade popular ocidental também funda-se em vários aspectos do estoicismo: a crença de que tudo tem um propósito, a existência de um Destino, a busca pela harmonia com a intrinsecamente benévola Natureza.

Quem é o pai do estoicismo?

Baseado nas leis da natureza, o estoicismo foi fundado pelo filósofo grego Zenão de Cítio ou Zênon de Cítion (333 a.C – 263 a.C), e perdurou até III d.C, espalhando-se não só pela Grécia mas em Roma também. A história de Zenão e da criação dessa doutrina é muito curiosa.

Quais são as 4 virtudes do estoicismo?

Temos muito a aprender com os antigos sobre como ser uma pessoa melhor, e a partir disso, um líder melhor. – O que é ser um bom líder? Uma breve pesquisa em uma loja de livros online te apresentará pelo menos 100.000 títulos que buscam apresentar alguma resposta diferente para essa pergunta.

  1. Ou seja, é difícil determinar o que é bom ou ruim para utilizar como referência.
  2. Então vou utilizar um atalho lógico para tentar responder a pergunta por outro caminho.
  3. Me parece que todo bom líder (não chefe, a distinção aqui é importante), é, por definição, uma boa pessoa.
  4. Boas pessoas nos inspiram e nos mobilizam.

Por conta disso, me parece útil tentar responder a essa pergunta ainda mais fundamental, e que a humanidade vêm se fazendo a muito mais tempo. O que é ser uma boa pessoa? Essa também não é uma pergunta fácil de se responder, mas a sua resposta atende a várias áreas da vida, e não apenas à liderança.

No geral, todos queremos nos enxergar como boas pessoas (há exceções, como tudo na vida). Mas o que efetivamente constitui ser uma boa pessoa? Qual é o parâmetro de referência? Vamos começar pelo que não é um bom parâmetro de referência: comparação. Um dos caminhos mais curtos para a frustração é tentar se comparar com outras pessoas e avaliar se você é melhor ou pior do que elas.

Cada pessoa percorre uma jornada diferente, e mesmo se outra pessoa parece ser o que você gostaria de ser, ela com certeza lida com questões que você desconhece. Isso já nos dá um indicativo de que qualquer boa régua deveria ser uma régua interna, e não externa.

  • Mas como escolher? Cada pessoa naturalmente encontrará seu próprio caminho.
  • No meu caso, após buscar inúmeras fontes diferentes, de correntes espirituais a linhas filosóficas, me descobri no estoicismo, uma escola e doutrina filosófica surgida na Grécia Antiga, que preza pela ética, lógica e o desenvolvimento de certas virtudes para se tornar uma boa pessoa.

Não estou defendendo que é o caminho que todos devem escolher, mas acredito que algumas lições do estoicismo podem ser úteis para qualquer pessoa. Voltando ao tema da comparação, Sêneca, um dos grandes pensadores da filosofia estoica, falava sobre a palavra grega euthymia como uma que devemos pensar com frequência.

Euthymia é, basicamente, sobre seguir nosso próprio caminho e permanecer nele sem nos distrairmos com todos os outros que o cruzam. Ou seja, não é sobre ser melhor ou ter mais que as outras pessoas, mas sobre ser quem você é e buscar ser o melhor possível, sem sucumbir ao que te afasta disso. Nada mais justo que a tradução de Euthymia para português ser “tranquilidade”.

No estoicismo, defende-se a ideia das quatro virtudes cardinais como um roteiro para uma vida virtuosa: coragem, temperança, justiça e sabedoria, Estou convencido que essas virtudes não só se aplicam no exercício da liderança, como são um bom parâmetro para viver uma vida mais virtuosa e liderar melhor.

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Como se comporta uma pessoa estóica?

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESTOICISMO: VIRTUDE, TRANQUILIDADE E FELICIDADE – O objetivo dos estoicos não era outro que alcançar a felicidade ou a autorrealização, um conceito que eles chamavam de eudaimonia, Isso pode ser alcançado através da virtude moral (ou areté) e da serenidade (ou ataraxia),

A virtude nos estoicos tem a ver com a excelência e com o alcance do potencial destinado. Para isso, eles destacam quatro qualidades: sabedoria, justiça, coragem e disciplina, Todas elas são sempre peneiradas pela razão, que nos levaria a buscar sabedoria, agir com justiça, utilizar a coragem e cultivar a disciplina.

Se a virtude é um dos ângulos do triângulo da felicidade, o outro é a serenidade ou ataraxia, Esse é um tipo de serenidade mental que permite que as emoções negativas não nos dominem e dessa forma seja mais fácil agir com virtude. Segundo os estoicos, são precisamente as reações emocionais a situações negativas que levam a uma percepção distorcida da realidade, pois há uma tendência a confundir pensamentos com fatos.

Como ter uma vida estóica?

É hora de encarar os fatos e viver pela virtude – Os estoicos despontaram por volta do século III a.C. como uma escola helenística. O pensador que tive contato durante as leituras, em especial, foi Sêneca, que, como os outros, nos diz: viva pela virtude. Esse fundamento dos antigos nos permite perceber com veemência como a filosofia é, na verdade, algo prático, e que não deve se resumir à teoria ou à academia, deve ser aplicada! Para os estoicos, então, viver pela virtude é colocar algumas delas em prática, como a sabedoria, justiça, coragem e autodisciplina ou temperança.

Como saber se sou estoico?

Professor de Filosofia, Mestre em Ciências da Educação Estoicismo é uma escola e doutrina filosófica surgida na Grécia Antiga, que preza a fidelidade ao conhecimento e o foco emtudo aquilo que pode ser controlado pela própria pessoa, Despreza todos os tipos de sentimentos externos, como a paixão e os desejos extremos.

  • A escola estoica foi criada por Zenão de Cítio, na cidade de Atenas, cerca de 300 a.C.
  • Porém, a doutrina ficou efetivamente conhecida ao chegar em Roma.
  • O seu tema central defendia que todo o universo seria governado por uma lei natural divina e racional,
  • Sendo assim, para o ser humano alcançar a verdadeira felicidade, deveria depender apenas da sua ” virtude “, ou seja, os seus conhecimentos e valores, abdicando totalmente do ” vício “, considerado pelos estoicos um mal absoluto.

O estoicismo também ensina a manter uma mente calma e racional, independente do que aconteça. Ensina que isso ajuda o ser humano a reconhecer e se concentrar naquilo que pode controlar e a não se preocupar e aceitar o que não pode controlar, Os princípios da filosofia estoica, que norteiam os seguidores da doutrina, são:

A virtude é o único bem e caminho para a felicidade; A pessoa deve sempre priorizar o conhecimento e o agir com a razão; O prazer é um inimigo do sábio; O universo é governado por uma razão universal natural e divina; As atitudes têm mais valor que as palavras, ou seja, o que é feito tem mais importância do que é dito; Os sentimentos externos tornam o ser humano um ser irracional e não imparcial; Não se deve perguntar porque algo aconteceu na sua vida, e sim aceitar sem reclamar, focando apenas no que pode ser modificado e controlado naquela situação; Agir prudentemente e assumir a responsabilidade sobre os seus atos; Tudo ao nosso redor acontece de acordo com uma lei de causa e efeito; A vida e as circunstâncias não são idealizadas. O indivíduo precisa conviver e aceitar a sua vida da forma que ela é.

A partir desses princípios é possível entender que uma pessoa estoica é aquela que não se deixa levar por crenças, paixões e sentimentos capazes de tirar a racionalidade de uma pessoa na hora de agir, como desejos, dor, medo e prazer. Isso por essas circunstâncias serem infundadas e irracionais.

Como se chama uma pessoa estoica?

Adjectivo.1. Relativo ao estoicismo; austero; impassível.

Como começar a estudar o estoicismo?

Acredito que a melhor forma de conhecer o estoicismo é ler os clássicos: Epicteto, Sêneca, Marco Aurélio, Catão e Cícero. Destes, Sêneca é a leitura mais fácil. O livro ‘Estoicismo’ de George Stock é uma envolvente explicação do estoicismo clássico.

Qual é o sinônimo da palavra estoica?

17 sinnimos de estoico para 3 sentidos da palavra estoico : Que permanece inabalvel perante uma desgraa: 1 impassvel, imperturbvel, inabalvel, inquebrantvel, insensvel, Use a nossa Inteligncia Artificial Escreva textos incrveis em segundos com nossa nova ferramenta de Inteligncia Artificial.

Qual é a diferença entre o estoicismo e o epicurismo?

A filosofia grega era uma filosofia moral. Isso significa que ela era preocupada com aquilo que é certo ou errado. Ou, mais precisamente, que ela era preocupada com o que é uma vida boa. E, vivendo uma vida boa, o homem seria feliz. E, embora o Aristóteles já tratasse dessas ideias de felicidade e de vida boa, as duas filosofias morais que mais se difundiram a partir da Grécia antiga foram o epicurismo e o estoicismo.

  1. Podemos dizer que o estoicismo e o epicurismo eram filosofias morais que se preocupavam com a forma como o prazer se relaciona com a moralidade.
  2. E, por prazer, nós devemos compreender todas as coisas que nos fazem sentir bem.
  3. Quando falamos em sentir-se bem, falamos daquilo que os gregos chamavam de “ataraxia”.

“Ataraxia” é uma palavra grega que significa ausência de perturbação. O objetivo era que o homem não ficasse perturbado e, assim, ele ficaria feliz. Então, tanto o epicurismo quanto o estoicismo procuravam essa ausência de perturbação, a ataraxia. Mas eles faziam isso por caminhos diferentes.

  1. O epicurismo foi uma escola filosófica fundada, como o próprio nome já diz, por Epicuro (341 – 271 ou 270 a.C.).
  2. Além de se preocuparem com a ausência de perturbação, os epicureus também se preocupavam com algo chamado de “aponia”.
  3. Aponia” significa ausência de dor.
  4. Ou seja, eles entendiam que os homens somente encontrariam sossego se encontrassem também a ausência de dor.
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O epicurismo é uma filosofia do prazer. Mas ele não pode ser considerado uma busca irrestrita do prazer, como é o hedonismo. O hedonismo ensina que você deve buscar todos os prazeres possíveis. O hedonismo, e não o epicurismo, é o que está por trás do consumismo da nossa época.

  • Uma coisa importante de saber é que o Epicuro, e os seus seguidores, eram materialistas.
  • E materialista, aqui, não significa consumista.
  • Significa que eles não acreditavam num plano metafísico (ou seja, eram “antimetafísicos”).
  • Ou, melhor, o Epicuro dizia que os deuses, se existem, não se preocupam com os mortais.

De forma bastante oposta ao epicurismo, o estoicismo defendia a busca da felicidade, a ataraxia, a vida sossegada, por meio da eliminação dos prazeres. Ao contrário do epicurismo, que era materialista e não acreditava na metafísica, o estoicismo, fundado por Zenão de Cítio (333 – 263 a.C.), era metafísico: ele acreditava que o universo tem uma ordem, e esta ordem é mantida por um logos divino, por uma racionalidade divina.

O estoicismo, então, tem uma base determinista. Mas é um determinismo metafísico. É diferente do determinismo marxista, que é antimetafísico ou materialista. Então o Marx era materialista, como os epicureus, mas também era determinista, como os estoicos: determinismo materialista, ou determinismo antimetafísico, é como nós podemos classificar o marxismo.

Mas sobre o marxismo, é bom reforçar, eu vou falar noutro vídeo. A partir do seu determinismo, o estoicismo defendia que nós devemos nos conformar diante das adversidades. Mais do que isso, ele defendia que, para alcançarmos o sossego, nós deveríamos eliminar os prazeres.

  1. O contentamento seria alcançado quando nós não tivéssemos necessidades.
  2. Se você notar bem, a “aponia” (ausência de dor) não era exatamente uma preocupação dos estoicos.
  3. Mas isso é fácil de entender.
  4. Negando os prazeres, você pode sentir dor, sim.
  5. Agora, cuidado, o estoicismo não defende que você deve procurar a dor; apenas que você deve se conformar diante dela.

O nome dessa negação de prazeres é ascetismo. Ascetismo vêm de uma palavra grega que significa exercício espiritual. Nesse sentido, abdicar os prazeres seria, para os estoicos, um exercício espiritual. Confira também o canal ” Teodidatas “: Assista também: – Jusnaturalismo teológico: Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino – A ideia de justiça para Ulpiano (Roma) e Aristóteles (Grécia) – Confira o ” Direito Sem Juridiquês” no facebook !

O que é o conceito de amor fati?

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Amor fati (do latim amor, nominativo singular de amor,óris : ‘amor a algo’ e fati genitivo singular de fatum,i, ‘destino’) é uma expressão latina que significa ‘amor ao destino’, ‘amor ao fado’. No estoicismo e na filosofia de Friedrich Nietzsche, significa ou trata-se de aceitação integral da vida e do destino humano mesmo em seus aspectos mais cruéis e dolorosos – aceitação que só um espírito superior é capaz.

  1. Expressão usada por Nietzsche como “fórmula para a grandeza do homem” e que significa: “Não querer nada de diferente do que é, nem no futuro, nem no passado, nem por toda a eternidade.
  2. Não só suportar o que é necessário, mas amá-lo”.
  3. Essa fórmula exprime a atitude própria do super-homem e a natureza do “espírito dionisíaco”, enquanto aceitação integral e entusiástica da vida em todos os seus aspectos, mesmo nos mais desconcertantes, tristes e cruéis ( Ecce Homo, passim; Wille zurMacht, ed.

Krõner, I, § 282)

Qual é o principal objetivo do estoicismo?

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESTOICISMO: VIRTUDE, TRANQUILIDADE E FELICIDADE – O objetivo dos estoicos não era outro que alcançar a felicidade ou a autorrealização, um conceito que eles chamavam de eudaimonia, Isso pode ser alcançado através da virtude moral (ou areté) e da serenidade (ou ataraxia),

A virtude nos estoicos tem a ver com a excelência e com o alcance do potencial destinado. Para isso, eles destacam quatro qualidades: sabedoria, justiça, coragem e disciplina, Todas elas são sempre peneiradas pela razão, que nos levaria a buscar sabedoria, agir com justiça, utilizar a coragem e cultivar a disciplina.

Se a virtude é um dos ângulos do triângulo da felicidade, o outro é a serenidade ou ataraxia, Esse é um tipo de serenidade mental que permite que as emoções negativas não nos dominem e dessa forma seja mais fácil agir com virtude. Segundo os estoicos, são precisamente as reações emocionais a situações negativas que levam a uma percepção distorcida da realidade, pois há uma tendência a confundir pensamentos com fatos.

Qual é o oposto de estoicismo?

Não consta que houvessem escrito contra os estóicos. Ao contrário, o estoicismo opõe-se ao epicurismo : surgiu mais tarde e o contradiz.

Como ser feliz Segundo os estoicos?

Este artigo é publicado em colaboração com The Conversation 01 out 2018 John Sellars Professor de Filosofia, Royal Holloway O que os romanos já fizeram por nós? Bem, obviamente as estradas – as estradas vão sem dizer. E que tal sobre a orientação de como viver no século 21? Isso parece menos provável mas, de fato, nos últimos anos houve uma onda de interesse pelo trabalho de três filósofos estóicos romanos que ofereceram exatamente isso.

  1. Eles eram Sêneca, tutor do imperador Nero; Epicteto, um ex-escravo; e Marco Aurélio, ele próprio o imperador.
  2. Livros modernos, baseados em suas idéias e reempacotados como orientação para como viver bem hoje, incluem Um Guia para a Boa Vida, de William Irvine, Estoicismo e a Arte da Felicidade, de Donald Robertson, The Daily Stoic, de Ryan Holiday e Stephen Hanselman.

Seja um estóico por Massimo Pigliucci. O que todos esses livros compartilham é a convicção de que as pessoas podem se beneficiar voltando e observando as idéias desses estóicos romanos. Há até uma semana anual dedicada ao estoicismo. O estoicismo sustenta que a chave para uma vida boa e feliz é o cultivo de um excelente estado mental, que os estóicos identificaram com virtude e sendo racionais.